sexta-feira, 30 de abril de 2010
quinta-feira, 29 de abril de 2010
Música de berço
Hoje eu me lembrei de uma cantiga de infância:"Alecrim, alecrim dourado que nasceu no campo sem ser semeado". As lembranças vieram a tona enquanto eu passava ali pela porta de Dona Professora Emilia Biancardi. Foi ela que me apresentou o berimbau de bacia, o caxixi gigante, com mais de 1,70m de altura. Foi ela que me disse que o maior acervo de livros sobre a vida do samba está nos Estados Unidos!! Samba lelê!! Isso me deixou com a cabeça tão quebrada! O pessoal entrega tudo de bandeja ao primeiro produtor musical estrangeiro que aparece, sem pensar duas vezes! A situação está um pouco melhor em relação a valorização do patrimônio imaterial, mas muitos mestres populares morrem sem ter os seus trabalhos reconhecidos. E o nosso biscoito fino é exportado, chega primeiro nos ouvidos do pessoal das outras bandas! Por quê? Porque 90% dos baianos acha que comprar cd's de grupos de samba de roda, afoxés e blocos afro ainda é coisa pra turista. E perdem a chance de conhecer trabalhos singulares!
quarta-feira, 28 de abril de 2010
Faça você mesmo
A poluição visual tem afetado bastante o ambiente do Pelô. Banners são colocados nas fachadas de casas e restaurantes. Cada um com um misturê de cores e fontes, um Deus nos acuda! Tenho a impressão que existem leis que estabelecem os modelos de letreiros possíveis de serem colocados em locais considerados "patrimônio mundial pela UNESCO" ou "patrimônio cultural brasileiro". Epa, mas não é que sua tia tem um restaurante na área e é mística, então só pode decorar a fachada com adereços vermelhos e purpurinas azuis(tá mais pra torcedora do Baêa, hein, minha tia?). O que fazer? Bem, se ela te chamar para dar algum palpite, então diga logo que o trem não combina com o lugar. Ensine a titia os caminhos que levam a algum artesão, sem muita cerimônia, ok? É claro que gosto é relativo, mas repare na vizinhança, nas arrumações das casas mais antigas. Respeitar o ambiente arquitetônico de uma cidade é uma obrigação do cidadão!!
E se mesmo assim sua tia não gostar das opções, pronto! Chegou a hora de levá-la ao Museu Tempostal. Ou no Museu da Misericórdia. Ou no Museu Abelardo Rodrigues. Os museus existem para a humanidade e nunca é tarde para entregar-se a eles.
E se mesmo assim sua tia não gostar das opções, pronto! Chegou a hora de levá-la ao Museu Tempostal. Ou no Museu da Misericórdia. Ou no Museu Abelardo Rodrigues. Os museus existem para a humanidade e nunca é tarde para entregar-se a eles.
segunda-feira, 26 de abril de 2010
Baianidade, o que é isso? Uns dizem que o modo de ser do baiano é atolado de permissividade, sensualidade e também de "falta de cultura".
Cultura, no meu ver, é tudo o que uma pessoa ou grupo produz na vida, e vai além do conceito erudito dado para a palavra, também sugerida como sinônimo de educação doméstica. Por exemplo, sentar-se num botequinho onde há aquele atendente sorridente, com toalhinha felpuda no ombro, pra ajeitar o suor, e com uma "boca suja" pra danar, pode ser natural aqui ou em outras bandas. Ah, mas só porque é Bahia, aí dizem que isso é falta de educação. Ah, experimente falar pra algum desconhecido que ele fez alguma "maleducação". Aqui vira caso de polícia.
Prezo por baianos que têm força de presença. O meu Pelourinho é bonito, pois lá conheço muita gente espirituosa, artesãos e artistas.
Escuto e escrevo. Memória registrada no papel é história, e diante da habitual forma de ser do baiano, que adora lembrar de tudo "de cabeça", me delicio ao escrever o que escuto.
Cultura, no meu ver, é tudo o que uma pessoa ou grupo produz na vida, e vai além do conceito erudito dado para a palavra, também sugerida como sinônimo de educação doméstica. Por exemplo, sentar-se num botequinho onde há aquele atendente sorridente, com toalhinha felpuda no ombro, pra ajeitar o suor, e com uma "boca suja" pra danar, pode ser natural aqui ou em outras bandas. Ah, mas só porque é Bahia, aí dizem que isso é falta de educação. Ah, experimente falar pra algum desconhecido que ele fez alguma "maleducação". Aqui vira caso de polícia.
Prezo por baianos que têm força de presença. O meu Pelourinho é bonito, pois lá conheço muita gente espirituosa, artesãos e artistas.
Escuto e escrevo. Memória registrada no papel é história, e diante da habitual forma de ser do baiano, que adora lembrar de tudo "de cabeça", me delicio ao escrever o que escuto.
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